A harmonização facial se tornou o tratamento estético “queridinho” de famosos e pessoas comuns nos últimos anos. A procura por esse tipo de serviço é de fato enorme: dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica mostram que a harmonização fez o setor de procedimentos estéticos aumentar 100% em dez anos. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre esse assunto. Para esclarecê-las, conversamos com a biomédica Dra. Luciana Ribeiro, que tem larga experiência na realização de harmonizações faciais.
Ela explica que “harmonização facial” é, na verdade, o nome dado a um conjunto de técnicas e procedimentos para melhorar a estética do rosto. Essas técnicas envolvem o uso de diferentes produtos, como preenchimentos intradérmicos, toxina botulínica e bioestimuladores, entre outros. Os procedimentos podem melhorar diversos aspectos da face, como flacidez, rugas, assimetrias e perda de volume. “A face é algo que está sempre à mostra, sendo nosso cartão de visitas. É comum que as pessoas apresentem assimetrias e outros problemas, o que pode causar incômodo”, destaca a especialista.
Dra. Luciana ressalta que, para garantir o sucesso do tratamento, é importante escolher produtos de qualidade, com aprovação da Anvisa, e trabalhar com marcas confiáveis. Além disso, o profissional responsável também precisa ser qualificado e cuidadoso, de modo a buscar resultados equilibrados e naturais, evitando uma aparência artificial. “Sempre procuro manter equilíbrio e a imagem da pessoa real”, destaca a biomédica.
Ela acrescenta, ainda, que é papel do profissional de estética orientar o paciente quanto aos limites de cada procedimento, já que, em alguns casos, a pessoa que se submete à harmonização pode insistir em tratamentos que não darão bons resultados.
Caso seja necessário desfazer um procedimento, é possível reverter certos efeitos. O uso da hialuronidase, por exemplo, pode remover preenchimentos de ácido hialurônico. No entanto, esse processo pode causar alguma flacidez na região tratada. Por outro lado, também há procedimentos que não podem ser desfeitos, como aqueles com bioestimuladores. Caso o paciente não se sinta satisfeito com o resultado, terá que esperar a diminuição gradual dos efeitos do produto. “Por isso, é muito importante ter moderação”, lembra Dra. Luciana.
A profissional explica que também existem técnicas de harmonização facial com produtos não absorvíveis, como o PMMA (polimetilmetacrilato). No entanto, ela avalia que o uso desses materiais pode trazer riscos significativos para o paciente “Devido aos riscos e aos possíveis efeitos adversos a longo prazo, pessoalmente, eu opto por não trabalhar com produtos não absorvíveis” afirma ela.
Em linhas gerais, para garantir o sucesso da harmonização, tanto o profissional quanto o paciente devem tomar precauções. O profissional deve realizar uma anamnese completa, solicitar exames quando necessário e escolher produtos seguros. Já o paciente precisa seguir as orientações pré e pós-procedimento, informar o profissional sobre condições de saúde pré-existentes e manter uma comunicação aberta com ele. Quando essas recomendações são seguidas, a harmonização pode oferecer excelentes resultados, devolvendo autoestima e qualidade de vida a quem passa pelo tratamento.