A palavra ancestralidade pode soar como inusitada, mas o termo nada mais é do que o apontamento da linha de gerações anteriores de uma pessoa, sua família ou mesmo a proveniência de um povo. O fato é que as pessoas migraram durante a história, misturando-se a grupos próximos. E isso cria variações do seu DNA.
Conforme dados de 2020 apontados pelo MIT Technology Review, cerca de 26 milhões de pessoas já tiveram seu genoma analisado através de algum teste, seja ele com amostras de saliva ou células da bochecha.
O objetivo do teste de ancestralidade é uma avaliação genética em que se obtêm informações que vão além do que uma pessoa conhece via parentes ou por documentações de cartórios. Ou seja, aqueles que têm interesse em sua história familiar (genealogia), através dessa prova impetram respostas de avaliação de DNA que podem oferecer pistas sobre a origem dos seus ancestrais ou até mesmo as relações entre famílias.
“É que certos padrões de variação do DNA são partilhados entre pessoas de determinados grupos populacionais. Portanto, quanto maior o grau de parentesco, maiores padrões de DNA tais indivíduos são capazes de compartilhar.” explica o médico geneticista Dr. Caio Graco Bruzaca.
Como se dá a comparação?
Há limitações e pouca aplicabilidade clínica em um teste genético de ancestralidade. Os resultados do teste de uma pessoa são comparados a diferentes bancos de dados de outros testes já feitos anteriormente. As estimativas de grupo populacional podem ou não ser consistentes de um serviço para o outro.
“O que pode diferir das expectativas de um indivíduo que faz o teste é que as estimativas de um grupo populacional baseadas em avaliações genéticas nem sempre seguem o que se é imaginado pela pessoa.” aponta o médico geneticista.
No caso de um grupo populacional mais restrito, há menor variabilidade genética. Essa baixa intercorrência pode tornar difícil o fato de distinguir pessoas que têm um ancestral relativamente recente, como um primo de quinto grau.
A busca pelo teste
Ele é oferecido por diversas empresas. No exterior é possível encontrar muitas entidades que têm a capacidade em oferecer essa avaliação genética. Contudo, eles são mais recreativos.
“Como todo teste genético, reforço a necessidade do aconselhamento genético e indicação formal de um médico geneticista para ser realizado.” finaliza Dr. Caio.