Quer se tornar empreendedor, tem capital para investir e pensa em comprar uma franquia? Pode ser um excelente negócio, desde que você não faça isso por impulso. Apesar das vantagens de adquirir um modelo já testado no mercado, a decisão de se tornar um franqueado deve ser bem avaliada e amadurecida. O que levar em consideração? Vale a pena? Buscamos as respostas para ajudá-lo.
Antes de concretizar a compra, consulte especialistas, pesquise e, principalmente, escolha alguma marca com a qual você se identifique. As recomendações são do professor Roberto Kanter, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Procure um negócio com o qual você tenha afinidade, em uma área que interessa, que faz o olho brilhar”, recomenda.
Atuar em uma área que não gera satisfação pessoal pode ser um fator de risco no investimento. Adquirir uma franquia, ainda que a marca já esteja consolidada e o modelo pronto, não é garantia de sucesso. Kanter cita como exemplo situações familiares em que um investe para outro assumir a gestão, sem qualquer preparo. “Tem que ter uma certa vocação, as marcas exigem gestão profissional. Franqueados que terceirizam (a operação) são fadados ao fracasso”.
Também professor da FGV, Flavio Maia concorda ao destacar a importância de buscar uma franquia com a qual haja identificação. Diretor de Marketing da Associação Brasileira de Franchising (ABF) Rio, ele recomenda pesquisar bastante o negócio e, principalmente, contatar quem já optou por seguir esse caminho.
“Converse com franqueados, quanto mais, melhor. Essa é a minha dica. Nada melhor do que conversar com quem está dentro do negócio”, afirma, lembrando que a Circular de Oferta de Franquia (COF) – documento desenvolvido pelo franqueador – contém os nomes e contatos de todos os franqueados.
É na Circular que são apresentadas as condições gerais do negócio, como aspectos legais, obrigações, direitos, deveres e responsabilidades. Escolher bem o franqueador também é fundamental. Nessa hora, vale aquela máxima: cuidado com o que é muito barato, pois pode acabar custando caro.
“Analise se é um bom negócio, se é uma marca que tem nome na praça. Se não tem, não quer dizer que não seja boa, mas marcas conhecidas têm mais chance de dar certo (e normalmente são mais caras)”, acrescenta Maia.
O que levar em consideração
Ao se tornar um franqueado, você adquire um modelo de negócio pronto, já testado, aprovado, com estrutura fiscal e jurídica prontas, o que são excelentes vantagens (não à toa você paga por isso). No entanto, você precisa entender qual é o seu papel, ou seja, atender às exigências do franqueador;
Há infinitas possibilidades de franquia. Escolha uma com a qual você se identifica. Optar por uma marca com a qual você tem afinidade vai fazer toda a diferença;
Antes de escolher, pesquise e reflita. Não faça uma opção porque “está na moda” ou tomado pela emoção. Se possível, procure um consultor que possa dar orientações e ajudar na tomada de decisão;
Cuidado para não investir tudo na aquisição da franquia e ficar sem capital para tocar seu negócio;
Converse com outros franqueados. Antes de assinar contrato, procure se informar sobre o negócio, seus resultados, e se o franqueador oferece treinamento e suporte;
Se a ideia é comprar uma franquia durante a pandemia, opte por aquelas que tenham uma estratégia digital bem consolidada.